Lição 2 - A Sublimidade das Bençãos Espirituais em Cristo - EBD [Adultos] - 2° Trimestre de 2020.

 Lição 2 -  A Sublimidade das Bençãos Espirituais em Cristo - EBD [Adultos] - 2° Trimestre de 2020.



INTRODUÇÃO

Nesta lição vamos abordar a grandeza,
a excelência e a perfeição do
projeto divino para conceder bênçãos
espirituais aos seus escolhidos. Desde a
eternidade, aprouve a Deus executar um
plano de restauração e reconciliação com
a humanidade caída. Por isso que, na
Carta, o apóstolo Paulo se mostra
profundamente agradecido
pela revelação do mistério que
estivera oculto desde todos
os tempos. Ele nos convida a
louvar e a glorificar a Deus pela
sua bondade e misericórdia para
com todos os pecadores.



I – A NOVA POSIÇÃO EM CRISTO

No passado estávamos perdidos e
condenados à morte eterna, mas por sua
infinita graça, Deus nos outorgou em
Cristo o privilégio da salvação.

1. A Doxologia.

* Após expor os
versículos de abertura da Epístola (1.1,2),
o apóstolo Paulo apresenta uma sequência
de texto que se caracteriza pela
verdadeira adoração e bondade ativa
de Deus (1.3-14). Ele começa pela frase
“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor
Jesus Cristo” (v.3), onde “bendito” significa
“digno de louvor”. O apóstolo dá sequência até o versículo 14 por meio
de um maravilhoso tributo ao Eterno
e suas muitas bênçãos concedidas aos
homens. Nesse trecho bíblico trata-se
de um hino teológico de gratidão, caracterizado
pela repetição do seguinte
refrão: “Para louvor e glória da sua graça”
(v.6) ou “para louvor da sua glória”
(vv.12,14). Aquele ao qual devemos
adorar está identificado na
expressão “Deus e Pai de Jesus
Cristo”, uma clara referência
à Santíssima Trindade com
ênfase na natureza divina de
Jesus, seu Filho.


2. As bênçãos espirituais. 

Obviamente que as bênçãos espirituais não são materiais, mas provenientes dos “lugares celestiais”, isto é, do reino espiritual.
Essas bênçãos são mencionadas
na longa passagem de Efésios (1.3-14),
tais como: Deus nos elegeu para sermos
santos (1.4); predestinou-nos para sermos
filhos (1.5); nos fez agradáveis para si
(1.6); remiu-nos por meio do sangue de
Cristo (1.7); acolheu-nos por sua vontade
redentora (1.8-12); revelou-nos a Palavra
da verdade (1.13a); selou-nos com o Espírito
Santo da promessa (1.13b); ainda
garantiu a validade da promessa (1.14).
Tais bênçãos provêm de Deus, que plane-
jou a redenção; do Filho, que a realizou;
e do Espírito Santo, que a garante. Essas
bênçãos nos conduzem a exclamar como
Paulo: “Bendito Seja Deus!”.

3. A nova condição. 

A expressão “em Cristo” significa que somos abençoados
com toda bênção espiritual, a
partir de Sua pessoa e obra realizada
no calvário (Jo 1.3; Hb 5.9; 9.12); relaciona-
se ainda com a nossa experiência
de conversão a Ele (2 Co 5.17). Essa
nova vida é conferida somente para
quem está “em Cristo”, isto é, o oposto
da antiga vida “em Adão” escravizada
pelo pecado (Rm 5.11-15). Desse modo,
não andamos mais em trevas, mas
como filhos da luz (Rm 5.8). Portanto,
nossa nova posição é caracterizada
pela salvação “em Cristo” e, por isso,
desfrutamos de todos os benefícios
advindos dessa redenção.

II – UMA VIDA CRISTOCÊNTRICA
NESTE MUNDO

Embora o pecado tenha adentrado
ao mundo, Deus projetou a primazia de
Cristo na remissão dos pecadores e na
restauração de todas as coisas para o
louvor de Sua glória.

1. A revelação do mistério. 

A frase “descobrindo-nos o mistério da sua vontade” (1.9) sinaliza a revelação da verdade que estava oculta aos santos
de Deus (Cl 1.26). Essa verdade diz
respeito aos decretos eternos que Deus
planejara, por sua soberana vontade,
com o propósito de salvar os pecadores
(Jo 3.16). Essa vontade divina é revelada
segundo o seu beneplácito, isto é, de
acordo com o que Lhe agrada fazer por
amor e misericórdia (Rm 9.15,16; 11.32).
Sua vontade foi executada conforme o
seu desígnio por intermédio de Cristo
para que o Filho em tudo tivesse a
preeminência (Cl 1.16-20).




2. A plenitude dos tempos.

Paulo revela que o plano divino é fazer convergir em Cristo todas as coisas (1.10). Isso
inclui tudo o que foi criado por Cristo,
para Cristo e o que subsiste em Cristo
(Jo 1.1-3; Hb 1.2,3). Implica dizer que
todo o universo, céus e terra estarão
submissos a autoridade e soberania
de Cristo (Rm 14.11; 2 Co 10.5). Nesse
sentido, a ruptura provocada pelo pecado
de Adão é restaurada completamente
em Cristo. Essa declaração não
tem conotação universalista, a ideia
de que no fim todos serão salvos, mas
que finalmente tudo será como Deus
planejou: Cristo a cabeça da Igreja e
 também a cabeça do Universo (1.21-
23). A dispensação ou a administração
desse plano será na plenitude dos tempos
(1.10). Aqui, a palavra grega para
“tempos” não é chronos, que traz uma
ideia de cronologia, mas kairos, que se
refere ao tempo divino previamente
determinado para que todas as coisas
estejam sob o domínio de Cristo (At 1.7).



3. Louvor da sua glória. 

O apóstolo enfatiza que as bênçãos são destinadas
aos crentes judeus e gentios – a Igreja.
Paulo muda do pronome “nós” (ele e
os judeus) para o “também vós” (os
gentios), indicando que em Cristo os
crentes de ambos os povos são herdeiros
da promessa (1.11-13). Ele ratifica
igualmente que o propósito da eleição
não é outro senão louvar e glorificar a
Deus (1.12,14). Isso assinala não somente
adorá-Lo com palavras e ações, mas
também levar outros a fazer o mesmo
(1 Pe 2.12). Por conseguinte, tudo oque
somos, fazemos ou possuímos vem de
Deus, pois começa na Sua vontade e
culmina na Sua glória (At 17.28).

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 III – O ESPÍRITO SANTO, PENHOR DA NOSSA HERANÇA

O Espírito Santo desempenha
importante papel no plano de salvação
idealizado por Deus Pai. 

1. O selo do Espírito Santo. 

Aquele que ouve a Palavra de Deus – o Evangelho
da Salvação – e que por meio da fé, se
rende a Cristo, recebe o selo do Espírito
Santo no momento da conversão (Tt
3.5-7). Nos tempos bíblicos, o selo era
usado como sinal de propriedade e posse
pessoal. Ao conceder o Espírito Santo ao
crente, Deus identifica os que pertencem
a Cristo, pois o Espírito testifica daqueles
que são filhos de Deus (Rm 8.9,15,16)
e o Maligno não lhes toca (1 Jo 5.18).
Assim, a terceira pessoa da Santíssima
Trindade tem o papel fundamental de
regenerar, purificar e santificar o pecador
(1 Co 6.11). Ele é quem convence o
ser humano do pecado, da justiça e do
juízo (Jo 16.7,8); e que também produz
no crente o verdadeiro relacionamento
com Deus por meio do fruto do Espírito
(Gl 5.22,23).

2. O penhor da nossa herança.

termo grego arrabon pode ser traduzido
como “depósito”, “penhor”, “garantia” ou
ainda “primeira parcela” (1.14). A palavra
tem origem semítica e era usada nas
transações comerciais para assegurar o
preço ou garantir o pagamento de algo.
Paulo ensina que o Espírito Santo é o
depósito que garante a nossa herança
em Cristo (2 Co 1.21,22). Tudo isso
significa que aquele que tem o selo do
Espírito Santo tem a salvação garantida
(1.14). Isso não quer dizer que o crente
está salvo para sempre, independente
de sua conduta, mas que a redenção
está validada aos eleitos em Cristo que
permanecem fiéis (Mt 24.13).



CONCLUSÃO
Nessa porção da Epístola aos Efésios
o plano divino revelado resulta na
reconciliação do ser humano com Deus
por meio de Cristo e na restauração de
todas as coisas visíveis e invisíveis.
Ambos os propósitos devem redundar
em louvor e glória ao Deus Eterno. Na
plenitude dos tempos todo o desígnio
divino estará plenamente executado.



 Lição 2 -  A Sublimidade das Bençãos Espirituais em Cristo - EBD [Adultos] - 2° Trimestre de 2020.

Tema: A igreja eleita
Redimidos pelo Sangue de Cristo e Selada com o Espírito Santo da Promessa.
Comentarista: Douglas Batista
Sumário:
Lição 1 - Carta aos Efésios - Saudação ao Destinatários
Lição 2 - A Sublimidade das Bençãos Espirituais em Cristo
Lição 3 - Eleição e Predestinação
Lição 4 - A Iluminação Espiritual do Crente
Lição 5 - Libertos do Pecado para uma Nova Vida em Cristo
Lição 6 - A Condição do Gentios sem Deus
Lição 7 - Cristo é a nossa Reconciliação com Deus
Lição 8 - Edificados sobre o Fundamento dos Apóstolos e dos Profetas
Lição 9 - O Mistério da Unidade Revelado
Lição 10 - A Intercessão pelos Efésios
Lição 11 - Atributos da Unidade da Fé: Humildade, Mansidão e longanimidade
Lição 12 - A Conduta do Crente em Relação à Família
Lição 13 - A Batalha Espiritual e as Armas do Crente

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